Curiosidades e Poesia Sobre o Maracanã
- GRUPO 1
- 18 de mai. de 2016
- 4 min de leitura

Você sabe qual foi o maior público do Maracanã? Quem marcou o primeiro gol? E qual o jogador que mais vezes entrou em campo? O que significa a palavra Maracanã?
Muita coisa existe por trás do gigante do futebol brasileiro. Quanto mais procuramos fatos diferentes mais curiosidades encontramos e você pode nos ajudar a montar esse quadro de curiosidades.
Acrescente um comentário, incluindo seu nome completo, e participe.
Apesar de ter comportado 205 mil pessoas, durante a Copa do Mundo de 1950, atualmente cabe pouco mais de 120 mil pessoas, sendo que a capacidade divulgada é de 87.101 lugares (todos sentados), por motivo de segurança. OMaracanã é o 9º maior estádio do mundo e o 2º maior das Américas. Fonte: Site World Stadiums
O primeiro gol no Maracanã aconteceu em um amistoso em 16 de junho de 1950 e marcado pelo jogado Didi (Waldir Pereira). O jogo foi entre as equipes de Rio e São Paulo. Os paulistas venceram por 3 a 1, mas o primeiro gol foi do time carioca.
Por que o nome Maracanã? A palavra “maracanã”, em tupi, significa “maracá” (chocalho) e “nã” (semelhante). O termo designa um som emitido por um pássaro da família Psittacidae, conhecido como “maracanã”, presente em várias regiões do Brasil. À família pertencem espécies como o papagaio, a jandaia e a arara. Antes da construção do estádio, havia no local uma grande quantidade das aves.
Mané Garrincha despediu-se do futebol no Maracanã no dia 19 de dezembro de 1973. O jogo era um amistoso entre uma seleção de brasileiros e outra de estrangeiros convidados para a festa. Na partida, o Brasil venceu por 2 a 1, de virada.
O maior artilheiro do Maracanã foi Zico, eterno ídolo Rubro-Negro. O galinho marcou 333 gols em 435 jogos
Além de partidas de futebol, o estádio ja foi palco para diversos shows de artistas consagrados. Nomes como Frank Sinatra, Kiss, Tina Turner, Madonna, Rolling Stones, Paul McCartney, Backstreet Boys, Sting, Geroge Michael e Ivete Sangalo ja se apresentaram no Maracanã.
Em 2000, ano que o Maracanã completou 50 anos, foi inaugurada a calçada da fama, onde grandes craques que fizeram a história no esporte deixaram sua marca.
A primeira manifestação de publicidade no estádio aconteceu na partida amistosa entre Rio e São Paulo. Três homens carregavam um imenso tripé, anunciando as vantagens da pomada Minâncora e do biotônico Fontoura.
Na noite de véspera de inauguração do Maracanã, 16 junho de 1950, o gramado sofreu seu primeiro teste: uma pelada entre os engenheiros e os operários que trabalharam na construção. Por mais amistosa que tenha sido, foi a primeira partida do estádio, embora não se saiba o placar.
Alguns dados curiosos sobre o material usado na construção do Maracanã: Foram gastos 7 milhões 730 mil horas de trabalho ininterruptos; se empilhados, os sacos de cimento formariam 78 colunas da altura do Corcovado ou duas vezes a altura do Pão de Açúcar; o concreto daria para levantar edifícios de dez andares em ambos os lados e em toda a extensão da Av. Rio Branco, no Centro do Rio; com a madeira se construiria três tablados das dimensões da Av. Presidente Vargas; com a areia, a mesma avenida seria coberta com uma camada de 25 cm.
Poesia Sobre o Maracanã
MARACANÃ, de Armando Nogueira
Revejo, com saudade, as bandeiras das tuas batalhas repartidas sobre o campo. Revejo, com saudade, a tua multidão que torce e distorce a verdade até morrer, doa a quem doer. Revejo, com saudade, as esperanças que se perdiam pela linha de fundo no entardecer de cada jogo. Quantas vezes foste a minha pátria amada, idolatrada, salve, salve a seleção! Quantas vezes a minha alma escapava de mim e, sem que o árbitro notasse, aparecia na pequena área, providencial, para fazer o gol da vitória. Perdi a conta dos gols que fiz com pés que nunca foram meus. Saudade de certa lágrima de vitória que, um dia, vi brilhar no rosto quase meu de uma criança. Maracanã. És a fantasia da paixão que aproxima e divide: louvor e blasfêmia, alegria e desdita. És o gol de Gigghia, celebrado com um minuto de silêncio à soberba nacional.
És o ignorado heroi de uma tarde cujo gol restou sem data como se nunca houvera sido feito. És gol de placa que ninguém sabe ao certo como nasceu mas que o tempo vem tratando de fazê-lo cada dia mais bonito. Gol de fábula. És o craque que passa, sem pressa, tecendo a promessa de gol com a bola nos pés e os olhos na linha do horizonte. És Gérson e Jair da Rosa Pinto que tinham no pé esquerdo o rigor da fita métrica. És Nilton Santos, futebol de fino trato, na majestade e no saber. És Zizinho, que conhecia, como ninguém, todos os atalhos da tua geometria. És Zico que driblava triscando a grama, suave como uma pluma. És a "folha-seca" de Didi, fidalgo de rara nobreza que tratava a bola como se trata uma flor. És Ademir Menezes correndo, olímpico, pelos indizíveis caminhos do gol. És Carlos Castilho, santo goleiro que fazia milagres pelos confins da pequena área. És Pelé, cujos gols eram tramados na véspera (ele trazia de casa as traves e a bola do jogo). És Garrincha que dobrava as esquinas da área driblando Deus-e-o-Mundo com a bola jovial da nossa infância. Quanta saudade daquele drible pela direita que alegrava as minhas jovens tardes de domingo. És, enfim, a vitória e a derrota, caprichosa imitação da minha vida. E porque és uma parte da minha memória, seguirei cantando, comigo, a melodia de teu doce nome: Maracanã...
Comments